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  • Foto do escritorInês Cruz

Dicas para melhorar(mos) o raciocínio dos mais pequenos!

Atualizado: 29 de nov. de 2018

Desta vez deixo 10 dicas para melhorarmos o raciocínio dos nossos filhos, incentivarmos ao desenvolvimento de competências fundamentais para o seu sucesso como pessoa e como aluno, e sermos melhores pais, com melhores filhos, em melhores famílias.






1. Coloque uma caixa de lápis de cor na mochila dele.

2. Ouça-o e incentive-o a explicar a sua razão.

3. Desenvolva, no seu dia a dia, noções de grandeza, noções de posição, noções de direção e sentido, noções de tempo, noções de capacidade.

4. Faça-o perceber que hoje talvez não consiga mas que vai conseguir.

5. Eduque-o a pensar por ele. Todos os dias. Nas coisas simples.

6. Tenha regras e explique-as as vezes que forem necessárias.

7. Mostre-lhe que o erro faz parte do crescimento dele. E do nosso também.

8. Desenvolva nele persistência e paciência.

9. Partilhem, entre todos, o que veem, vivem e sentem todos os dias. Fale com o seu filho numa linguagem que o desenvolva.

10. Sejam pais otimistas e calmos.





1. Coloque uma caixa de lápis de cor na mochila dele.

Ou legos ou carrinhos ou bonecas, mas não só e sempre o vosso telefone :)

Onde não podem faltar as toalhas húmidas, os lenços de papel, as bolachas, cabe também uma caixa com meia dúzia de lápis de cor e um bloco de folhas. Quando estão à espera do café dos pais, enquanto aguardam pela consulta, enquanto não chegou o almoço... incentivem-nos a pintar. A desenhar. A serem criativos e imaginativos. A pintarem o sol de azul e o mar de cor de rosa. A fazerem pessoas maiores do que as casas e carros sem rodas. Deixem que (apenas) risquem. Deixem que nos peçam para desenhar um coelho (alguns de vós, assim como eu, sem qualquer jeito para o desenho) e podem dizer-lhes que vão tentar mas que se calhar não vai ficar como eles pensam.

Deixem que se enganem e recomecem. Na mesma folha ou numa folha nova.

2. Ouça-o e incentive-o a explicar a sua razão.

Faça com que ele o ouça e explique-lhe o seu ponto de vista.

Consiga que ele perceba que o compreende mas que isso não significa concordar com ele em todas as situações.


3. Desenvolva, no seu dia a dia, noções de grandeza, noções de posição, noções de direção e sentido, noções de tempo, noções de capacidade.

Esta é uma vertente da matemática que pode ser desenvolvida entre os 2 e os 7 anos. E é de extrema importância. Nas situações simples, no dia a dia, ensine, partilhe e incentive o desenvolvimento de noções como: maior, menor, igual a, tão grande como, fino, grosso, em cima, em baixo, dentro, atrás, à frente, hoje, ontem, amanhã, rápido, lento, direita, esquerda, sentido inverso, cheio, vazio, quase cheio, tão cheio como... Estas aprendizagens farão diferença no percurso escolar do seu filho nesta disciplina. Não sendo supostos que as saiba reconhecer todas de uma vez, mas só nesta dica tem "pano para mangas".


4. Faça-o perceber que hoje talvez não consiga mas que vai conseguir.

E vai mesmo. Porque vai crescer, porque vai tentar, tentar, tentar. Porque vai aprender. E se não conseguir algo que é muito muito difícil de conseguir não há nenhum problema. Faz parte da vida. Aprender. Tentar. Não conseguir. Voltar a tentar. Falhar. Conseguir.

Troquem o «eu não consigo» pelo «preciso de ajuda».


5. Eduque-o a pensar por ele. Todos os dias. Nas coisas simples.

A perceber porque deve levar o casaco hoje, mesmo sem vontade. Porque tem de se levantar cedo. Porque não pode comer mais chocolate. Porque... deixe que seja ele a pensar e a procurar a explicação para essa situação. Ajude-o a pensar e a ter noção das consequências, do que pode acontecer se algo não for feito.


6. Tenha regras e explique-as as vezes que forem necessárias.

Sabendo que há regras que podem ser negociadas mas outras nem por isso. Que existem regras porque todos temos de saber com o que contamos. Porque não podemos fazer o que nos apetece sempre. Porque as regras nos ajudam a crescer.

As regras ajudam a desenvolver o cérebro deles e a estruturar competências que precisam de adquirir.


7. Mostre-lhe que o erro faz parte do crescimento dele. E do nosso também.

Explique-lhe que errar faz parte. Que temos de aprender com o erro. E que na vida, a forma como lidamos com o erro também é educativa e estrutural na personalidade dos nossos alunos (de matemática).


8. Desenvolva nele persistência e paciência.

E agora podia escrever um artigo para cada uma destas duas palavras. Um artigo completo só sobre cada uma delas.

Não temos conseguido melhorar estas duas competências nos nossos filhos enquanto mais pequenos e nota-se de ano para ano, de nível para nível, que os alunos são menos pacientes e menos persistentes. E ambas fazem tanta, tanta falta nas aulas de matemática que nem imaginam. E se imaginam por favor reforcem estas duas competências nos vossos filhos.


9. Partilhem, entre todos, o que veem, vivem e sentem todos os dias. Fale com o seu filho numa linguagem que o desenvolva.

No trajeto para os levar ao infantário, na ida a casa dos avós, na hora da refeição, na hora do banho ou na hora de deitar. Deixem que observem. Que contem o que gostam e o que gostam menos. Falem das emoções do dia, os pais e os filhos. De quando ficaram mesmo aborrecidos. Da birra que fizeram nos avós. Da alegria que sentiram quando viram que o pai o tinha conseguido ir buscar à escola de surpresa. E nós podemos também dizer que estamos aborrecidos hoje porque algo não correu bem no emprego, ou que estamos mesmo felizes porque...

Não precisamos de falar como os bebés, nem de usar só palavras terminadas em «inho», nem de dar nomes mais simples às coisas apenas porque a criança ainda não sabe dizer aquele nome difícil... e depois temos o «popó», porque carro tem dois r´s e as crianças não o conseguem dizer com facilidade, temos a «peta» porque chupeta é uma palavra difícil de pronunciarem... eles não conseguem, claro que não! Mas se a minha afilhada me chama «inha» não é por isso que eu não continuo a dizer que a madrinha isto ou que a madrinha aquilo... E tantas vezes todos dizemos «madrinha» que deixo de ser a «inha» e passo a ser a madrinha. Ela dizia «inha» e todos dizíamos «madrinha». Assim se ensina, assim se aprende.

Nunca fui adepta de atribuir nomes diminutivos às pessoas, às coisas ou até ao corpo deles. Usem com eles a linguagem que os ajude a melhorarem, a crescerem, a desenvolverem.


10. Sejam pais otimistas e calmos.

Eu sei que há dias em que é (im)possível! Calma e otimismo!!

Mas façam o esforço. Vale o esforço. Respirar fundo e voltar a explicar. Insistir na regra que têm de cumprir mesmo quando estão há meia hora a tentar dar-nos a volta.

Acreditar que amanhã vai ser melhor. Que hoje não correu bem mas um dia tudo vai ser mais fácil.

Transmitam-lhe segurança e fé no futuro.

Sejam pais atentos e observadores.


Se isto vai ser importante na sala de aula de matemática? Vai! Nem imaginam quanto!





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