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  • Foto do escritorInês Cruz

O meu filho está SÓ a brincar!? (Olá Maria - porto canal - 12 junho - 2ªparte)

Atualizado: 12 de jun. de 2018

http://portocanal.sapo.pt/um_video/7OivqIryqpu8FeTheWZR


Brincar e aprender são duas palavras que deveriam estar em simbiose. Simplesmente porque nenhuma criança separa a hora de brincar da hora de aprender. Elas aprendem precisamente enquanto brincam!

Repesquei este tema porque várias vezes tenho conversado com pais a propósito deste tema do brincar e nem sempre é imediato que isto também ajuda a desenvolver o raciocínio matemático dos mais pequenos.


É uma meta a atingir. Fazer com que as aprendizagens sejam adquiridas por meio das brincadeiras, dos jogos, das brincadeiras em grupo e das brincadeiras individuais. Embora este processo também se desenvolva na creche e no infantário, cabe-nos a nós pais permitir que os nossos filhos tenham tempo para brincar. Mas acreditem que quando estão no infantário a brincar, não estão SÓ a brincar!


A nós pais cabe-nos também perceber que nas brincadeiras que têm, seja sozinhos, com os irmãos, com o pai, com a mãe, com os amigos, em todas elas podemos acreditar que estão a aprender.

Nunca estão SÓ a brincar.


A brincar os nossos filhos desenvolvem o raciocínio matemático bem como imensas características (destaco algumas mais relevantes) que serão mais tarde importantíssimas num aluno, em particular num aluno capaz a matemática:


1. A brincar desenvolvem a atenção

(sabia que uma criança atenta é sempre uma criança mais perspicaz e de raciocínio matemático mais rápido?)


2. A brincar aumentam a memória


3. A brincar desenvolvem a imaginação e a imitação

Deixem inventar e rir às gargalhadas porque eles com o passar do tempo, mais próximo dos 5/6 anos já têm noção que inventam coisas que não são possíveis e riem, e afinal qual é o problema disso?


4. A brincar constroem curiosidade

Alimentem toda a curiosidade deles, se me permitem, é uma ordem!!


5. A brincar criam confiança e melhoram a sua auto estima


6. E já agora os nossos filhos precisam de tempo para não fazerem nada!

O aborrecimento de não terem nada para fazer é também um fator de crescimento maravilhoso na educação



A brincar desenvolvem a atenção

Acha o seu filho uma criança atenta? Sabe que isso também se trabalha e que uma criança atenta é sempre uma criança mais perspicaz e de raciocínio matemático mais rápido?

Ajude-o a estar atento às novidades que acontecem em casa, às diferenças nos amigos ou nas pessoas da família. No trajeto de casa até à escola fomente a atenção ao percurso, aos semáforos, às suas cores e significados, ao trajeto, virar à esquerda, à direita, uma rotunda, uma casa pintada de cor de rosa, a padaria, a rua da casa da madrinha...

A atenção é um fator importante no desenvolvimento do raciocínio matemático.

Se a atenção faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!


A brincar aumentam a memória

A partir dos 3 anos a memória é uma das áreas que podemos desenvolver, não necessariamente decorando os números até 10, podemos deixar os números para depois, mas podemos, por exemplo, ir ensinando o nome dos animais, os sons que emitem, os nomes dos familiares mais próximos, algumas cores, a orientação espacial (de que lado da rua fica a nossa casa? Onde estacionamos o carro?) partes do trajeto que fazemos todos os dias de carro com eles, na hora do banho ensinar que podemos ter água quente ou água fria, depende da direção da torneira, ensinar a apertar um atacador, um botão da bata... podem dar largas à vossa imaginação...

A memória é um fator importante no desenvolvimento do raciocínio matemático.

Se a memória faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!



A brincar desenvolvem a imaginação e imitação

Tantas vezes sem intenção nós não deixamos que desenvolva... porque não podem desenhar o mar amarelo? Porque não podem inventar eles uma história na hora de ir dormir e imaginar que ainda há dinossauros e que temos um na garagem?

Deixem inventar e rir às gargalhadas porque eles com o passar do tempo, mais próximo dos 5/6 anos já têm noção que inventam coisas que não são possíveis e riem, e afinal qual é o problema disso?

Aprendem a imitar, o que é super importante na fase em que eles estão. Brincar ao faz de conta, colocar acessórios que identifiquem com a personagem que imitam, falar com o amigo imaginário, aborrecer-se como a mãe faz, rir como o amigo hoje fez na escola, dar colo aos bonecos como a avó faz com eles, imitar o pai a conduzir e a aborrecer-se com o senhor que conduz o carro da frente tão devagar, colocar os bonecos a pensar como fazem na escola quando alguém precisa de parar um comportamento menos adequado, saber colocar-se no lugar do outro...

A imaginação é um fator importante no desenvolvimento do raciocínio matemático.

Se a imaginação faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!

A brincar constroem curiosidade

Alimentem toda a curiosidade deles, se me permitem, é uma ordem!! É muito importante para qualquer fase da vida deles e hoje temos tanta falta de alunos curiosos. Nesta fase se forem incentivados a ser curiosos depois já o serão de forma natural.

Dá-nos trabalho? Dá!

Uma criança curiosa faz muitas perguntas, gosta de experimentar pelas mãos dela, precisa de saber como funcionam as coisas e não se contenta com um Porque Sim!

Mas vai valer a pena! Acreditem mesmo que vai valer a pena.

A imaginação é um fator importante no desenvolvimento do raciocínio matemático.

Se a curiosidade faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!!

A brincar criam confiança e melhoram a sua auto estima

Duas características muito importantes para o futuro deles, temos tantos alunos mais velhos que não tendo auto estima nem confiança em si próprios falham a aprendizagem da matemática. Porque é difícil, e o difícil dá trabalho, e o trabalho implica sacrifício e nem sempre sucesso. E a matemática é isso, não é uma disciplina que se estude da mesma forma que outras, tem a sua dificuldade que se supera com trabalho, esforço, tempo dedicado a PERCEBER e nem sempre se consegue à primeira. Mas as crianças com uma auto estima equilibrada (nem de mais nem de menos) são mais lutadoras, mais confiantes na ultrapassagem das dificuldades, na superação de obstáculos, no acreditar que vão conseguir e no desistir de um discurso do “não consigo” e de baixar os braços.

A confiança neles próprios dar-lhes-à a força necessária para não baixar os braços face às dificuldades.

Se a confiança e a auto estima faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!!

E já agora os nossos filhos precisam de tempo para não fazerem nada!

Certamente já ouvimos dos nossos filhos quando termina a bateria da nintendo, quando o telemóvel do pai está ocupado... "E agora mãe o que faço, não tenho nada para fazer!"


O aborrecimento de não terem nada para fazer é também um fator de crescimento maravilhoso na educação.

Atualmente os nossos filhos saltam de estímulo em estímulo e nunca estão sem fazer nada. Nem sabem o que isso significa verdadeiramente.

Esse tédio é também um ensinamento, uma aprendizagem.

Ficar sentados ou deitados sem nada para fazer, só a imaginar, a sonhar, a acalmar, a saber ouvir-se, a aprender a esperar, a fazer planos...



Se isto faz falta na aula de matemática? FAZ! Nem imagina quanto!!

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